O empresário e político piauiense Abraão Gomes teve uma trajetória marcada pela atuação nos meios de comunicação e pela política. Dono das rádios Difusora de Barras e Difusora de Teresina, além de sócio da TV Pioneira, ele ingressou na vida pública ao ser eleito prefeito de Porto pela ARENA em 1976, migrando para o PDS durante o mandato. Mais tarde, tornou-se deputado estadual pelo PFL e, em 1989, assumiu o cargo de secretário de Segurança Pública do Piauí, nomeado pelo então governador Alberto Silva. Entretanto, sua trajetória foi brutalmente interrompida em um crime que segue sem um final concreto até os dias atuais.
O crime e a emboscada
Na noite do crime, Abraão Gomes saiu da Assembleia Legislativa do Piauí e dirigia-se para sua casa em Teresina. Segundo as investigações, ele foi seguido até sua residência e, quando parou o carro em frente ao portão, foi alvejado com um tiro de escopeta. O impacto do disparo foi tão intenso que seu corpo foi projetado para o banco do passageiro.
O responsável por executar o crime, conforme apurado pela polícia, foi o pistoleiro Alcides Nery do Prado. No entanto, apesar das investigações, nenhum mandante foi oficialmente condenado, e o caso permanece sem solução definitiva.
Consequências e legado
A morte de Abraão Gomes gerou grande repercussão no estado, especialmente por sua atuação política e pela violência do assassinato. Seu filho, Eucário de Paiva Gomes, seguiu carreira política e foi eleito vereador de Porto pelo PFL em 1992.
Mesmo após décadas, a execução de Abraão Gomes continua sendo um dos crimes mais emblemáticos do Piauí. Sem uma resposta definitiva sobre quem ordenou o homicídio, o caso segue como um mistério na história política do estado.
Fonte: Meio News
